quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

BOAS FESTAS!




TEATRO - EDUCAÇÃO ARTÍSTICA




DIA DO PATRONO 2010

evt

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

BOAS FESTAS!


sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

SUGESTÕES DE LEITURA PARA AS FÉRIAS



Agora que o final do 1º período se aproxima é tempo de pensar nas leituras para férias
A Biblioteca dá - te uma ajuda .

Passa por lá e vê os livros sugeridos.
Ficam aqui algumas propostas de livros adquiridos recentemente.
TRABALHO REALIZADO POR TIAGO TEIXEIRA - 6º D

LEITURA PARA AS FÉRIAS DE NATAL - 3º CICLO


LEITURA PARA AS FÉRIAS DE NATAL - 3º CICLO


LEITURA PARA AS FÉRIAS DE NATAL - 3º CICLO


LEITURA PARA AS FÉRIAS DE NATAL - 3º CICLO

Passa pelo CRE e vê o que há de novo!

LEITURA PARA AS FÉRIAS DE NATAL - 2º CICLO



"O Homem que não queria sonhar"
"Os três presentes"
"O limpa-palavras"

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL PARA TODOS!"

Trabalho realizado por Ana M. - 7º B

EXPOSIÇÃO DE PRESÉPIOS NA ESCOLA N.º 1











segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O NATAL ESTÁ A CHEGAR!

Realizado por: Beatriz P. 6º D

domingo, 12 de dezembro de 2010

PEÇA DE TEATRO SOBRE A VIDA DE ARISTIDES DE SOUSA MENDES


No dia 10 de Dezembro, dia dos Direitos Humanos, os alunos do 6.º E e dois alunos do 5.ºF representaram a peça “Aristides de Sousa Mendes” na sala 16 da Escola E. B. 2, 3 Aristides de Sousa Mendes.
Os alunos do 6.º E ensaiaram e levaram a cena uma peça sobre os Direitos Humanos inspirando-se na vida de Aristides de Sousa Mendes, que é o Patrono do seu Agrupamento. Todo o trabalho de preparação foi feito com a ajuda dos professores de Área de Projecto da turma: Margarida Cardoso e Manuel Matos.
A peça teve início às 10h10min. e terminou às 11h14min. Os alunos representaram a vida do Patrono, falaram sobre a sua infância, sobre o seu percurso profissional e também sobre a sua decisão de passar os vistos a milhares de judeus, salvando-os da perseguição Nazi.
Assistiram a esta apresentação os Pais e Encarregados de Educação das turmas envolvidas, Professores da escola, os Alunos do 6.º C e do 8.º E, a Directora e a Subdirectora do Agrupamento.

(Esta notícia foi elaborada pelos alunos do 8ºE com supervisão da professora Joana V.)

SITE - SÓ GEOGRAFIA


O site


é um lugar divertido! Além de aprenderes Geografia utilizando diversos materiais, encontrarás inúmeras páginas com curiosidades, jogos, bandeiras, hinos, exercícios, provas online, artigos e muito mais.
Tem de constar nos teus favoritos!

CONCERTO DE NATAL


No próximo dia 17 de Dezembro, na sala 16, entre as 8.30 e as 11 horas vai realizar-se mais uma Concerto de Natal.
Em breve será afixado o calendário com as turmas intervenientes.

HISTÓRIA DE PORTUGAL


O SITE


TEM MUITAS SURPRESAS E MUITA INFORMAÇÃO SOBRE A HISTÓRIA DE PORTUGAL.
NÃO PODES PERDER!

REDE DE BIBLIOTECAS ESCOLARES - RECURSOS EDUCATIVOS

O site do ME que se indica neste post, tem um número apreciável de temas que interessam a quem anda a estudar.
Consulta quando precisares. Este site consta na lista de sites interessantes do 3º Ciclo, na barra lateral direita.

Recursos Educativos
25 de Abril
Alentejo
Antigo Egipto
Auguste Comte
Aveiro
Convento de Cristo
Europa
Filosofia
ONU
Unesco
Unicef
União Europeia
agricultura
alcoolismo
alimentação
alterações climáticas
ambiente
anatomia
animais
anorexia
anti semitismo
arqueologia
arquitectura
arte
arte moderna
arte rupestre
artesanato
artistas
artistas plásticos
astronomia
audiolivro
automóveis
azulejo
banco alimentar
banda desenhada
biblioteca digital
biodiversidade
biografias
biologia
botânica
budismo
bulimia
bullying
canções
caos
casa das ciências
chuvas ácidas
cidadania
cientistas
citologia
ciência
ciências naturais
climas
constituição
consumo
conto
contos
crise de 1929
cristianismo
culinária
cultura portuguesa
célula
descobrimentos
desenvolvimento
desertificação
desporto
dicionários
direitos das crianças
direitos humanos
doenças
drogas
ecologia
economia
educação
educação sexual
educação_sexual
electricidade
eleições
emprego

e muito mais ...

http://www.rbe.min-edu.pt//np4/np4/117

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

PLANO NACIONAL DE LEITURA - CONCURSOS


Consulta a página do PNL (clica no ícon na coluna da direita) e informa-te sobre os concursos que o PNL promove. Participa.

EXPOSIÇÃO SOBRE A REPÚBLICA

Inauguração: 9 Dez 2010 às 19h00

Local: Sala de Exposições Temporárias do Museu de Ciência da Univ. de Lisboa

Período de exibição: 9 de Dezembro de 2010 a 29 de Maio de 2011

(PARA MAIS INFORMAÇÕES CONSULTE O SITE OFICIAL DAS COMEMORAÇÕES DOS 100 ANOS DA REPÚBLICA)

RECOLHA DE SANGUE NO DIA DO PATRONO


No dia 10 de Dezembro, das 9 às 13 horas, haverá uma recolha de sangue na escola sede do Agrupamento. Esta actividade está integrada na comemoração do dia dos Direitos Humanos.

A participação de todos os que podem dar sangue é bem vinda.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

UMA VIDA PARA SALVAR TANTAS - BIOGRAFIA DE ARISTIDES DE SOUSA MENDES


Aristides de Sousa Mendes do Amaral e Abranches nasceu, a 19 de Julho de 1885, em Cabanas de Viriato (Carregal do Sal) a cerca de 20km de Viseu. Pertencia a uma família aristocrática e católica da Beira-Alta. O pai, José de Sousa Mendes, era juiz tendo terminado a sua carreira no Tribunal da Relação de Coimbra. A mãe, Maria Angelina do Amaral e Abranches, era também da região e descendia da “Casa de Midões”, uma Casa com tradições “Liberais”. Aristides de Sousa Mendes foi um de três irmãos, sendo gémeo de um deles.

Aristides cursou Direito na Universidade de Coimbra. De facto, num estudo realizado nesta Universidade, surge entre os seis melhores estudantes do seu curso. Depois de se licenciar, em 1907, com 22 anos, fez o estágio de advocacia, tendo defendido alguns casos no início da sua carreira.

Em 1910, ainda em monarquia, Aristides e o irmão gémeo César, ingressaram na Carreira Consular. Aristides exerceu funções como Cônsul de Carreira na Guiana Britânica, em Zanzibar, no Brasil (Curitiba e Porto Alegre), nos Estados Unidos, (S. Francisco e Bóston), em Espanha (Vigo - Galiza), na Bélgica e no Luxemburgo e, finalmente, em França (Bordéus).

A par da carreira consular a família de Aristides de Sousa Mendes foi crescendo. Assim, quatro dos seus filhos nasceram em Zanzibar, duas no Brasil, dois nos Estados Unidos, um em Espanha, dois na Bélgica e os três que perfazem o total de 14, em Portugal. Valorizando a presença da família, Aristides de Sousa Mendes, optou por nunca dela se separar, assegurando a educação dos seus filhos por todos os países por onde passou. Assim, para além da educação académica, todos tiveram acesso a aulas de pintura, desenho e música. “Lá em casa, havia uma verdadeira orquestra de câmara e, regularmente, convidavam-se pessoas para assistir a concertos. Tocava-se Chopin, Mozart, Bach, Beethoven, etc. “

Detentor de uma grande cultura geral, era uma pessoa com muita delicadeza e “savoir-faire”. Facilmente fazia amigos. Em Zanzibar, por exemplo, o Sultão foi padrinho de dois dos seus filhos… o Rei Leopoldo da Bélgica, terá dito uma vez em público: “ah, voilà mon ami, le Consul Général du Portugal!”… Sobretudo durante os 9 anos em que viveu na Bélgica, Aristides de Sousa Mendes conviveu com o dramaturgo Maeterlinck, Prémio Nobel da Literatura, assim como Albert Einstein, que “lá foi a casa”, em 1935, quando deixou a Alemanha.

A vida de Aristides assume, no entanto, uma dimensão inesperada em Bordéus, França, um posto que, do ponto de vista da Carreira Consular, não lhe trazia nada de novo. Aristides vai para Bordéus em Agosto de 1938, contrariado…não entendendo por que razão, Salazar o não promove para um posto no Extremo Oriente, como ele tinha pedido.

Em Setembro de 1939, começa a Segunda Guerra Mundial, e logo em Novembro desse ano, Salazar, de forma clara, alinha-se ao lado do mais forte, Hitler, para poupar certamente Portugal a uma hipotética invasão nazi…esse alinhamento traduz-se nomeadamente pela adopção de uma circular, “ a famosa Circular 14”, pela qual, Salazar proíbe aos judeus, asilo em Portugal. Na prática, nenhum diplomata português está autorizado a passar vistos de entrada em Portugal a judeus….nenhum diplomata português poderá salvar pessoas de campos de morte….

Aristides é formalmente avisado por Salazar para não dar vistos a judeus, no início de 1940, “se o fizer, ficará sujeito a procedimento disciplinar”.

Só que Paris cai nas mãos de Hitler, a 14 de Junho e no dia seguinte, Bordéus está submergida de refugiados, é o salve-se quem puder! Bordéus, uma cidade para 200.000 pessoas passa a ter um milhão! É o pânico generalizado…”dir-se-ia o fim do mundo”, como escreveu trinta anos mais tarde nas suas “Memórias”, Pedro Teotónio Pereira principal acusador do Cônsul.

A 16 de Junho, Aristides de Sousa Mendes abre as portas do Consulado, a milhares de pessoas concedendo-lhes vistos indiscriminada e gratuitamente. A autora de “Vidas Poupadas – a acção de três diplomatas portugueses na II Guerra Mundial”, Dr.ª Manuela Franco, menciona um telegrama de 21 de Junho enviado por Aristides de Sousa Mendes ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, onde este confirma ter ordenado que se passassem vistos “indiscriminadamente e de graça”. O historiador Yehuda Bauer, no seu livro “A History of the Holocaust”, escreve: “o Cônsul português em Bordéus, Aristides de Sousa Mendes, concede vistos de trânsito a milhares de judeus refugiados, em transgressão das regras do seu governo. Talvez a maior acção de salvamento feita por uma só pessoa durante o holocausto”.

A 19 de Junho, Aristides segue para Bayonne e depois para Hendaye/Irun. Durante dias e dias anda de um lado para o outro, salvando pessoas nas estradas do sul de França, nas estações de caminhos-de-ferro, conduzindo mesmo um grupo de centenas de refugiados através dos Pirenéus, a pé e de automóvel.
Segundo os registos da Pide (PVDE) entraram em Portugal só nos dias 17, 18 e 19 de Junho de 1940, cerca de 18000 pessoas com vistos assinados pelo “Cônsul desobediente”…” os guardas da fronteira de Vilar Formoso não se lembram de ter visto tanto movimento”… O “Alto Comissariado para os Refugiados da Sociedade das Nações” calculou que nesse verão tenham entrado em Portugal 40000 refugiados. Esse número é confirmado pela organização judaica “Joint”. Na sua casa em Cabanas de Viriato, ele recebeu dezenas de refugiados, sobretudo no verão de 1940, nomeadamente as famílias dos Ministros belga no exílio, Albert de Vleeshchouwer e Van Zealand, um alto responsável das finanças belga, assim como muitas freiras e outros religiosos conhecidos do seu tempo de Louvain.

Aristides de Sousa Mendes é, consequentemente, afastado da Carreira Diplomática por Salazar e afastado de qualquer actividade profissional, sendo ostracizado pelos seus pares, familiares e amigos. Os filhos, perseguidos e não podendo encontrar trabalho em Portugal, são obrigados a emigrar. Dois deles, logo em 1943, juntam-se ao exército americano e até participam na invasão da Normandia a 6 de Junho de 1944.

Entre 1940 e 1954, Aristides entra num processo de “decadência”, perdendo, mesmo, a titularidade do seu gesto salvador…pois, Salazar apropria-se desse acto. Através da propaganda do Estado Novo, os jornais do regime louvam Salazar: “Portugal sempre foi um país cristão” é o título de um Editorial do Diário de Notícias do mês de Agosto de 1940, em que Salazar é louvado por ter salvo refugiados no Sul de França. Até Teotónio Pereira, refere, nas suas “Memórias”, a acção de Aristides de Sousa Mendes como sendo de sua autoria! O cônsul morre em 3 de Abril de 1954.

Em 1972, em Portugal, já ninguém se lembra quem foi Aristides de Sousa Mendes!!!

(TEXTO COPIADO DO SITE DA FUNDAÇÃO ARISTIDES DE SOUSA MENDES)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Entrevista histórica a Aristides de Sousa Mendes


Aqui vamos entrevistar Aristides de Sousa Mendes, o nosso patrono, neste dia 4 de Outubro de 2010. Nascido a 1885 em Cabanas de Viriato, distrito de Viseu, em Portugal.
Os nossos nomes são Margarida Cruz e Sofia Joaquinito e vamos começar.
S- Sofia M- MargaridaASM- Aristides de Sousa Mendes
(S e M) – Bom dia! Está pronto para começarmos?
(ASM) – Bom dia! Sim, acho que sim.
(S e M) - Então vamos a isso! Fale-nos um pouco sobre si.
(ASM) – Ora vejamos. Eu licenciei-me em Direito na Universidade de Coimbra e em 1908 casei-me com uma mulher chamada Angelina…
(M) – É verdade que é sua prima?
(ASM) – Sim, é verdade, e tivemos 14 filhos. Em 1910 fui nomeado Cônsul em Demerara, na Guiana Francesa. Mais tarde fui nomeado cônsul em São Francisco na Califórnia, depois em São Luís do Maranhão, em Vigo pelo governo da Ditadura Militar e em Antuérpia, tendo o último sido em 1929.
(S) – E no ano seguinte Salazar é eleito Presidente do Conselho de Ministros.
(ASM) – Exactamente. E oito anos depois manda-me para Bordeaux, na França. Depois as forças nazis tinham entrado em Paris e uma multidão de pessoas fugiu para o sul, com esperanças de deixar a França. Chegaram a Bordeaux para arranjar um visto português para conseguirem uma passagem pela Espanha até Portugal, que era neutro.
(M) – Era você quem passava os vistos?
(ASM) – Sim, o problema foi Salazar ter ordenado às suas embaixadas para não emitir vistos de saída a russos, exilados políticos portugueses ou judeus.
(S) – Deve-se ter sentido muito dividido…
(ASM) – Chiça, aquilo foram tempo de inferno! Eu sabia o que estava certo mas estava tudo muito complicado. Milhares de refugiados procuravam-me para conseguir os vistos, e eu simplesmente soube que o que estava a ser feito era injusto, por isso pedi ajuda a dois dos meus filhos e escrevemos à mão mais de 30 000 vistos, julgo eu.
(M) – Oh meu Deus! Foi um acto de enorme bravura salvar todos esses refugiados, principalmente com o sacrifício próprio. Estava com medo da ira de Salazar?
(ASM) – Bom, claro que sim, mas como disse inúmeras vezes: “Tenho de salvar estas pessoas, quantas puder. Se estou a desobedecer a ordens, prefiro estar com Deus e contra os Homens do que com os Homens contra Deus”.
(S) – Mas essa atitude, embora nobre e corajosa, custou-lhe uma vida de miséria. Acha que valeu a pena? Nunca se arrependeu?
(ASM) – Tive sempre em mente e memória as vidas salvas de cada um daqueles refugiados, dez mil dos quais eram judeus. Dei, praticamente, a minha vida por eles, mas nunca esqueci o desespero nas suas caras quando vinham ter comigo. Era simplesmente bárbaro e eu encontrei força e coragem para abdicar da minha boa vida para salvar a deles. Suponho que nunca devia ter esperado nenhum reconhecimento por isso. Acho que fiz algo com sentido na minha vida.
(S e M) – Sim, isso não podemos negar!
Obrigada por tudo!
Aristides de Sousa Mendes morreu em 1954 na maior miséria. O seu nome foi homenageado pelo Congresso dos Estados Unidos, pelo Governo de Israel e foi restaurado a um lugar de honra e respeito pelo presidente de Portugal, Mário Soares.
Ana Margarida nº1 e Ana Sofia nº5, turma 8ºA,
professora Ana Lúcia Rodrigues

Entrevista a Aristides de Sousa Mendes

27 de Julho de 1953, Lisboa

João.G e João.C- Boa tarde, hoje estamos aqui com um dos heroís portugueses, o seu nome é Aristides de Sousa Mendes, mais conhecido por “O Schindler português”.

João.G e João.C- Ora sr. Aristides de Sousa Mendes, onde e quando nasceu?

Aristides- Boa tarde a todos, eu nasci em Cabanas de Viriato, a 19 de Julho de 1885.

João.G e João.C- Quantos anos tem agora?

Aristides- Eu agora tenho 68 anos, sabem, ao menos sei que, ao longo desta vida toda, fui conhecido e adorado por muita gente, que me ajudou nesta árdua tarefa de ajudar Portugal.

João.G e João.C- Onde foi baptizado?

Aristides- Fui baptizado Aristides de Sousa Mendes do Amaral e Abranches numa pequena aldeia do concelho do Carregal do Sal, no sul do distrito de Viseu.

João.G e João.C- De onde veio a sua paixão pela diplomacia?

Aristides- A minha paixão pela diplomacia veio quando tirei a licenciatura em direito na universidade de Coimbra, para entrar numa carreira diplomática.

João.G e João.C- Até agora teve oportunidade de viajar para o estrangeiro?

Aristides- Sim, tive oportunidade de ocupar delegações consulares pelo mundo fora, entre outros: Zanzibar, Brasil, E.U.A.

João.G e joão.C- Enquanto isso foi nomeado para algum cargo importante?

Aristides- Sim, em 1929 fui nomeado cônsul-geral em Antuérpia, cargo que ocupei ate 1938.

João.G e joão.C- Enquanto andava pelo mundo conheceu alguém importante?

Aristides- Claro! Enquanto andava pela Bélgica, por exemplo, conheci Maurie Maeterlinck que recebeu o prémio nobel da literatura, e Albert Einstein que recebeu o Prémio Nobel da Física, apesar de não se pentear de manhã.

João.G e João.C- Salazar nomeou-o para algum posto?

Aristides- Sim, em Bordéus, França, nomeou-me cônsul.

João.G e João.C- Você já estava em Lisboa quando começou a segunda guerra mundial?

Aristides- Não, eu permaneci em Bordéus como cônsul, quando Adolfo Hitler mandou avançar rapidamente as suas tropas sobre França, e iniciou a segunda guerra mundial.

João.G e João.C- Aristides, não acha que foi uma sorte Madrid não ter sido avisada a tempo para que você e os seus refugiados conseguisem passar as fronteiras com a França?

Aristides- Sim, impressionei os guardas aduaneiros com os meus vistos fabricados em França.

João.G e João.C- Ao ter desobedecido a uma ordem de Salazar, trouxe-lhe algumas dificuldades financeiras, não foi?

Aristides- Sim, fui demitido de cônsul, deixando-me a mim e aos meus 14 filhos e à minha mulher Angelina a sobreviver graças à solidariedade da comunidade judaica de Lisboa, que facilitou a alguns dos meus filhos a estudar no E.U.A.

João.G e João.C- Salazar pensou duas vezes antes de o reintegrar no corpo diplomático, não acha isso um gesto de bondade?

Aristides- Achei que foi um bom gesto de bondade, mas apesar de tudo rejeitei, porque Salazar so pensou na sua vingança por eu ter desobedecido a uma ordem dele.

João.G e João.C- Com isto acabamos esta entrevista a Aristide de Sousa Mendes, muito obrigado por nos ter contado parte da sua vida.

João.G e João.C- Um ano depois Aristides de Sousa Mendes faleceu muito pobre, a 3 de Abril de 1954, no hospital dos franciscanos em Lisboa. Não possuindo um fato próprio, foi enterrado com um hábito franciscano.

João Gomes Nº13
João Catarino Nº14
Trabalho de L.P
Professora: Ana Lúcia Rodrigues
8ºC

Uma breve entrevista histórica e humorística a Aristides de Sousa Mendes

Ricardo : Muito boa tarde !

Nádia: Hoje vamos entrevistar uma grande homem, e herói que salvou milhares de vidas. Muito boa tarde Aristides, como está?

ASM: Estou bem, mas estaria ainda melhor se não estivesse aqui na cova!

Ricardo: Pois, mas não podemos fazer nada acerca disso, não é senhor Aristides? Bem, conte-nos como teve coragem de abdicar do seu cargo de cônsul e, mais do que isso, salvar milhares de pessoas...

Nádia: Bem, também não precisas de exagerar Ricardo, não foram milhares, foram apenas cerca de trinta mil refugiados.

Ricardo: Então, mas trinta mil, na minha opinião, são milhares não são?

Nádia: Pois, mas deixa agora o Aristides, perdão, o senhor Aristides falar, pode ser?

Ricardo: Muito bem, continuando… Conte-nos como teve coragem de abdicar o seu cargo de cônsul e salvar milh ... perdão, mais de trinta mil refugiados?

ASM: Vocemecês, por favor, deixam-me acabar de falar? Ai os gaiatos de hoje em dia, não respeitam os mais velhos. Olha, que quando vocemecês nasceram, já eu comia sopa!
Bem, a questão é como eu tive coragem de abdicar do cargo de cônsul? pois bem, eu ...
Ricardo: Abdicar do cargo de cônsul e salvar milh... perdão, mais de trinta mil habitantes.


ASM : Pois, era isso que eu queria dizer.

Ricardo: Então fala favor, senhor Aristides.

ASM: Bem, não foi fácil, porque para perder o meu emprego não foi uma decisão lá muito fácil, mas também ver todas aquelas pessoas a sofrerem, tive logo que ajudar e se perder o meu cargo como cônsul, e ser condenado a um ano de suspensão sem renumeração e ter sofrido para o resto da minha vida, impedido de exercer advogaria e de sair do país e sofrer muita tensão psicológica, até ao ponto de sofrer várias hemorragias celebrais, para salvar mais de trinta mil refugiados como a Nádia disse ...

Ricardo: Eu é que tinha relatado que foram 30 mil refugiados, senhor Aristides.

Nádia: Não sejas mentiroso Ricar...

ASM: Seja como for, isso tudo valeu a pena para salvar todas essas pessoas e é isso, sim, é isso que nos faz de nós " verdadeiros "cidadãos" portugueses!

Nádia: Agradecemos que tenha vindo, digamos, "lá de cima", para vir a esta entrevista!

Ricardo: E também agradecemos, agradecemos profundamente, em nome deste país, em nome de todas as pessoas que ajudou, que tenha feito esse extraordinário acto de coragem, e...ASM: Pronto, já percebi que me querem agradecer muito. De nada! Agora se me dão licença, eu tenho...hum...compromissos. Adeus gaiatos, gostei muito desta entrevista!

Entrevista histórica e humorística a Aristides de Sousa Mendes

E: Sr. Aristides, obrigado por nos dar o privilégio de o entrevistar.

ASM: Com muito gosto!

E: Bem, prosseguindo para a entrevista. Sr. Aristides, onde e quando nasceu?

ASM: Nasci na casa do Aido, em Cabanas de Viriato, no concelho do Carregal do Sal, aos primeiros minutos de 19 de Julho de 1885, juntamente com o meu irmão gémeo, César.

E: E chegou a nascer mais algum irmão, mais tarde?

ASM: Sim. Dez anos mais tarde nasceu o meu irmão José Paulo.

E: Sr. Aristides, cresceram aonde?

ASM: Crescemos na casa familiar em Aveiro.

E: E como foi o vosso percurso escolar?

ASM: Frequentámos a escola em Mangualde. Fizemos os estudos secundários em Viseu, partindo depois para Coimbra, onde nos formámos em Direito, no ano de 1907. Não seguimos as pisadas do nosso pai. Fizemos a especialidade de Diplomacia, 3 anos depois, precisamente no ano de 1910, marcado pelo golpe militar de 5 de Outubro. Entretanto, casei em 1909 com a minha prima Angelina de Sousa Mendes. Nesse ano nasceu o meu primeiro filho, Aristides César.

E: Quando é que foi nomeado cônsul de segunda classe, e onde?

ASM: Fui nomeado cônsul de segunda classe a 12 de Abril de 1910 na Guiana Britânica e 2 anos depois nasceram outros filhos meus chamados Manuel, José e, um ano mais tarde, Clotilde. Em 1918, na zona sul do Brasil, fui nomeado cônsul de primeira classe e no mesmo ano nasce uma filha, chamada Joana. Em 1920 nasce, em Coimbra, Pedro Nuno, outro filho. Em 1921 nasce Sebastião, o ano em que Oliveira de Salazar se lançou, pela primeira vez, na luta política. Em 1926 nasce outro filho, Luís Felipe.

E: Quando se tornou cônsul-geral?

ASM: Tornei-me cônsul-geral em 1929 quando parti para Antuérpia.

E: Chegou a mudar-se para outro sítio?

ASM: Sim, mudei-me para Lovaina, uma cidade flamenga, com a minha mulher e os meus filhos. Na mesma cidade nasceram mais dois filhos. João Paulo em 1932 e Raquel em 1933. Raquel morreu 18 meses mais tarde, vítima de doença desconhecida.

E: Pediu, alguma vez, para ser transferido de posto?

ASM: Sim, pedi a Salazar que me transferisse de posto, cansado da pressão dos meus colegas que cobiçavam o meu trabalho. Fui, então, transferido para Bordéus, a 29 de Setembro de 1938.

E: É verdade que passou vistos a refugiados, apesar de contraria a circular nº 14 de 13 de Novembro de 1939?

ASM: Sim. Não podia deixar que aqueles refugiados fossem apanhados e mortos, por isso decidi passar vistos a todos os refugiados que me pedissem, mas mais tarde Salazar descobriu e mandou dois diplomatas virem buscar-me para ser escoltado para Lisboa, sob prisão.

E: Ficou preso no país?

ASM: Sim, fiquei e senti-me na necessidade de enviar os meus filhos para o estrangeiro.

E: Sofreu enquanto esteve preso no país?

ASM: Sim, sofri. A minha mulher morreu e eu tive um derrame cerebral.

E: Quando morreu, Sr. Aristides?

ASM: Morri a 3 de Abril de 1954.

E: Obrigado pela entrevista, Sr. Aristides. Foi um prazer entrevistá-lo!

ASM: O prazer foi todo meu!


Autores: André Cabana, nº4
João Teixeira, nº13
Turma: 8ºB, L.P. professora Ana Lúcia Rodrigues