quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

ENTREVISTA HISTÓRICA E HUMORÍSTICA A ARISTIDES DE SOUSA MENDES


Bom dia. Hoje vamos fazer uma entrevista a um grande herói do nosso país.
Aristides de Sousa Mendes um homem que salvou mais de 50 000 pessoas.

Pedro Martins- Bom dia, já agora Aristides como se sente após salvar mais de 50 000 cidadãos?

Aristides- Bom dia, sinto – me honrado após salvar os pobres dos judeus.

Pedro Martins- Bem o senhor foi corajoso, pois conseguiu contrariar s ordens de Salazar.
Dizem que o senhor passou mais de 30 000 vistos a judeus e 20 000 pessoas perseguidas pelos nazis?

Aristides- É verdade, passei os vistos mas também sofri as consequências.

Pedro Martins- E pode indicar-nos exactamente quais foram essas consequências?

Aristides- Primeiro fui punido pelo Governo de Salazar. Diminuiu metade dos meus salários e para além disso perdi o direito de exercer a profissão de advogado.
Passei por muitas dificuldades pois fiquei muito pobre e tinha uma família numerosa para sustentar. Ainda por cima, um ano depois Salazar teve a lata de me vir felicitar por ter ajudado os refugiados, recusando-se a reintegrar-me no corpo diplomático.

Pedro Martins- Agora comecemos pelo o início da sua vida.
O senhor nasceu em Cabanas do Viriato em 19 de Julho de 1885.
E agora pergunto-lhe se gostava da vida que tinha?

Aristides- Adorava a minha vida e não me passava pela cabeça salvar mais de 50 000 cidadãos.

Pedro Martins- Agora conte-nos a sua vida depois da licenciatura.
Aristides- Como sabem em 1907 licenciei-me em Direito na Universidade de Coimbra tal como o meu irmão gémeo.
Já no ano seguinte, El-rei D. Carlos e o seu príncipe herdeiro são assassinados.

Pedro Martins- Já agora após esses assassinatos diziam que o senhor se casou com a sua prima Angelina?

Aristides- Sim casei-me (%#&*-»«!Este camelo sabe mais sobre mim do que eu próprio!) até foi bom porque tive catorze filhos com ela.

Pedro Martins- Catorze filhos?! Bem na vossa época faziam muitos filhos! E não lhe deram trabalho?

Aristides- Sim catorze, eles não deram trabalho enquanto eram bebés, mas quando cresceram mandei-os para casa da minha mãe, trabalharem no campo, pois estavam a dar-me muitas despesas.
Pedro Martins- Para o campo? Eles concordaram com isso?

Aristides- Não, não concordaram mas quando disse que era como o jogo “Farmville” e que ganhavam “money” concordaram logo de seguida.
Posso fazer uma pergunta?

Pedro Martins- Sim, claro (qualquer dia faço a mesma coisa aos meus pirralhos).

Aristides- Podíamos fazer um pequeno intervalo para eu ir ali, acho que é ao MacDonald!

Pedro Martins- Sim. Pode mas só no fim da entrevista.

Continuando a nossa entrevista conte-me o que aconteceu em 1910…

Aristides- Hum. Ah lembrei-me em 1918 fui nomeado Cônsul em Curitiba onde se encontra as mulheres mais bonitas e as mais bem constituídas.
Brasil é claro, e em 1910 fui também nomeado a 12 de Maio Cônsul em Demerará, Guiana Francesa.
A cinco de Outubro houve uma revolução e a monarquia caiu. Foi instalada a República.
Era mesmo o que precisávamos.

Pedro Martins- Em 1914 deu-se o início da primeira guerra mundial, que durou quatro anos com a vitória dos aliados.
Como foi essa vitória para o senhor?

Aristides- Foi bom, como vos disse, fui nomeado Cônsul em Curitiba.
E no ano seguinte, 1919, por causa das minhas convicções monárquicas, fui castigado pelo governo.
Entre 1921 e 1923 dirigi temporariamente o Consulado de São Francisco da Califórnia.
Já em 1926, regressei a Lisboa para prestar serviço na direcção geral dos negócios comerciais consulares.
Em 1929, fui nomeado Cônsul geral em Antuérpia.

Pedro Martins- Mas o seu empenho na promoção da imagem de Portugal não passou despercebido. É verdade?

Aristides- (bonito como eu sou)
É verdade, pois fui condecorado por duas vezes por Leopoldo III, Rei da Bélgica.
Na Bélgica convivi com personalidades ilustres, como o escritor Maurice e o cientista Albert

Pedro Martins- (se você esteve com eles, eu também estive com o Eminem)
Mas dez anos depois, ao serviço na Bélgica, Salazar nomeou-o Cônsul em Bordéus.
Pouco depois, dá-se o início da segunda guerra mundial, como sobreviveu a essa guerra?

Aristides- Na guerra, permaneci, ainda como Cônsul em Bordéus. Mas as tropas alemãs avançavam rapidamente para França.
Salazar manteve a neutralidade de Portugal. Salazar ordenou a todos Cônsules portugueses espalhados pelo mundo que recusassem conferir vistos às pessoas.

Pedro Martins- Podia explicar-nos melhor o que aconteceu em 1940?

Aristides- Em 1940, o governo Francês refugiou-se na cidade. Os cidadãos fugiram de Paris antes das tropas alemãs chegarem, e dirigiam-se para Bordéus.
Muitos dos refugiados iam ter comigo para me pedirem um visto para entrar em Portugal.
Desobedeci às ordens do governo e em 16 de Junho de 1940, decidi passar vistos a todos os que pedissem, com a ajuda dos meus filhos e sobrinhos.
A vinte e três de Junho de 1940, Salazar demitiu-me das funções de Cônsul.

Pedro Martins- O que aconteceu quando lhe foi permitido voltar a Portugal?

Aristides- A oito de Junho, quando voltei para Portugal, fiquei muito pobre e passei por muitas dificuldades financeiras.

Pedro Martins- E quanto à morte da sua esposa?

Aristides- Em 1948, quando ela morreu, fiquei muito deprimido.
Passado algum tempo, fiquei também doente e acabei por morrer em 1954.

Pedro Martins- Uma pessoa como o senhor não merecia uma coisa dessas. Mas já está feito.
Assim acabamos a nossa entrevista a Aristides de Sousa Mendes.
Seguranças já podem levá-lo de volta para o caixão!

Aristides- E o hambúrguer que me prometeu?

Pedro Martins- O senhor sabe que dia é hoje? Dia das Mentiras!

Aristides- Nem por uma pessoa morta têm piedade…

Pedro Martins- Sim, sim, mas agora volte par o caixão que eu não tenho a sua vida.
Assim, como já vos disse antes acabamos a nossa entrevista.

Trabalho realizado por: Filipe S., nº 10
Rasny M., nº 18, turma 8ºA, professora Ana L.R.

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